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MUXARABI OU COBOGÓ?
O muxarabi, também conhecido como muxarabiê, é um elemento arquitetônico com origem na arquitetura árabe. É uma espécie de treliça de madeira que serve como fechamento para janelas e balcões, permitindo a ventilação e o “ver sem ser visto”, quem está dentro vê o que está do lado de fora, mas não o contrário. Especula-se que, originalmente, servia para manter a água de beber fresca, mas é ligada, desde o século XIV, à função de refrescar pessoas e, ao mesmo tempo, preservar sua privacidade enquanto dá liberdade para observar o que se passa do lado de fora. Trazidos para o Brasil pelos portugueses, foram muito usados no período colonial e, infelizmente, destruídos quando a corte portuguesa se mudou para o Rio de Janeiro.
Já o cobogó é um elemento vazado inventado no Brasil no século XX. O seu nome é resultado da junção da primeira sílaba do sobrenome dos criadores, os engenheiros Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góis. Inicialmente produzido em cimento, e atualmente em uma gama de materiais, o objetivo do cobogó é facilitar a ventilação e iluminação. O cobogó foi muito utilizado na arquitetura modernista, inclusive por Lucio Costa, proporcionando além da beleza plástica, conforto térmico, sendo muito útil na arquitetura bioclimática.
O que eles têm em comum? Além de suas funções serem parecidas, o cobogó foi inspirado no muxarabi.
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